sexta-feira, 31 de maio de 2013

QUASE 8 MILHÕES NO ENEM: O QUE ELES QUEREM?

Um avanço no ENEM/2013: quase 8 milhões de inscritos. O que será que essas brasileiras e brasileiros desejam alcançar?

Difícil saber com precisão porque a política do MEC, nos últimos anos, atribuiu ao ENEM múltiplas funções: serve para avaliar o nível de conhecimentos dos concluintes do ensino médio (sua atribuição original), substitui ou complementa o vestibular em muitas instituições públicas de ensino superior, seleciona bolsistas do PROUNI para vagas em cursos superiores de instituições particulares. E pode certificar a conclusão do ensino médio para os que não obtiveram ainda essa certificação.

Ainda continuo com a mesma posição manifestada na postagem de 19/04/2012: parece-me necessário e benéfico para o sistema educacional brasileiro um exame nacional para verificar o nível de aprendizagem de TODOS os alunos concluintes do ensino médio (e, ainda, certificar quem não tivesse o documento de conclusão). Nesse raciocínio, faço a ressalva de que o ENEM deveria ser obrigatório (como são os exames para os concluintes do ensino superior). E, portanto, não seletivo.
E mais: o MEC, além de enviar os resultados para os alunos, deveria encaminhá-los para cada escola, ao invés de divulgar o ranking - uma informação que só serve para acirrar a disputa mercadológica entre as escolas particulares.

Outros mecanismos seletivos poderiam ser pensados para o ingresso no ensino superior e distribuição de bolsas de estudo. Penso até que, de preferência, seriam formas decididas pelas instituições de ensino superior, no exercício da autonomia que lhes é conferida pela legislação.

Como nada disso é realidade (ainda...), resta torcer para que os gestores, elaboradores e corretores do ENEM/2013 tenham a competência de não repetir as falhas observadas em anos passados e, dessa forma, garantir que esses oito milhões de cidadãos tenham suas expectativas muito bem atendidas.

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