terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

De boas intenções, o inferno NÃO está cheio.

Quem já não ouviu falar do antigo provérbio “De boas intenções, o inferno está cheio”? Mas penso que o provérbio está errado! Não é para o inferno que vão os que ficam encantados por suas intenções, sem chegar à ação.

Em minha adolescência, fui seminarista (a “vocação” para a vida religiosa, na verdade, era de minha mãe...) e aprendi que, segundo a religião católica, as pessoas vão para um dos seguintes lugares, após a morte: eternamente para o céu, se obedeceram aos mandamentos da lei de Deus e da igreja ou para o inferno, se cometeram faltas graves. Por algum tempo, para o purgatório, se seus erros foram leves ou para o limbo, quando não tiveram possibilidades de optar entre o bem e o mal (criancinhas, por exemplo).

Ora, se as intenções eram boas, não cabe a condenação eterna para o inferno. Mas, tão pouco seria justo alcançar o céu para o resto dos tempos, se nada foi realizado. O purgatório também não se aplica, pois a falha – não colocar em prática ideias bondosas – é muito grave. Então, o provérbio deveria ser: DE BOAS INTENÇÕES, O LIMBO ESTÁ CHEIO.

A brincadeira é um pretexto para lembrar algo essencial em gestão escolar: as intenções pouco valem sem ações, sem correr riscos, sem responder aos problemas com atitudes. No máximo, ajudam a produzir belos discursos... E como transformar intenções em ações? Qual o caminho?

Não há um caminho, há sempre muitos caminhos. É por essa razão que um dos componentes importantes da gestão é decidir, optar, escolher um caminho dentre muitos. Decisões-ações compõem uma dupla indissociável.

O instrumento que tenho usado para juntar essas “duas faces da mesma moeda” chama-se planejamento estratégico situacional.

Detalhando: um plano estratégico começa por uma análise da situação. Ou, seja, um cuidadoso levantamento dos problemas e sucessos existentes na instituição. Lembrando que, por ser escola, existem tantos pontos de vista sobre qualquer problema quantos são os atores sociais nela envolvidos.

Vamos adiante: definir metas. Uma meta é a descrição de uma situação futura que será a(s) solução (ões) para os problemas identificados ou o reforço para os êxitos já consolidados. Sempre que possível, metas precisas e quantificadas. E, sobretudo, viáveis.

A escolha de ações para conseguir alcançar as metas vem a seguir. Atividades realizadas costumeiramente podem ser canalizadas para efetivar essa ou aquela meta sem sobrecarregar o gestor. Mas há também necessidade de pensar em novos procedimentos, pois, o que se deseja é introduzir melhorias na situação atual. E isso requer estratégias adequadas. Sobre isso, voltarei em um próximo texto.

Por fim, fixar prazos e indicar as pessoas responsáveis pela execução de cada ação completam o plano estratégico.

Está pronto o plano estratégico? Sim. E o planejamento estratégico? Não. Porque um bom plano é apenas a descrição das boas intenções.

O monitoramento da execução é o complemento necessário: um acompanhamento minucioso e contínuo durante a realização das ações. E ainda: verificar se a instituição está, paulatinamente, se aproximando das metas. E ai pode acontecer que seja necessário mudar o plano original, pois a realidade de uma escola é, sobretudo, mutante. A ampliação dessa ideia fica para o “próximo capítulo”.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Avaliação de desempenho profissional em escolas

Os educadores CLEIDE DO AMARAL TERZI e CARLOS LUIZ GONÇALVES estão abrindo a possibilidade de discutir o tema Avaliação de desempenho profissional em escolas de educação básica. É um módulo que faz parte de um amplo programa de formação de educadores com foco em AVALIAÇÃO & MUDANÇA.

Serão quatro encontros abordando fundamentos, metodologia e instrumentos para essa importante atividade de gestão. A premissa norteadora dos estudos é convicção de que a avaliação escolar precisa estar comprometida sobretudo com a aprendizagem de cada aluno e com a solidariedade em relação a todos.

Convidamos profissionais para apresentar relatos de experiências em escolas e em empresas. Atividades à distância poderão ajudar os participantes em troca de ideias, reflexões e debates.

Os encontros serão realizados sempre às quartas-feiras, dias 20/03, 03/04, 17/04 e 08/05. Horário: das 19h30min às 22h30min. Local: Rua Bartira, 580, Perdizes (perto da PUC-SP).

As inscrições podem ser feitas pelos telefones (11) 3875 1727 / 3875 1728 / 3864 8201 ou pelo endereço roncaeterzi@uol.com.br

O valor do investimento: R$ 400,00 (na inscrição), R$ 300,00 (em 08/04) e R$ 300,00 (em 06/05)

Aguardamos seu contato.
Cleide do Amaral Terzi e Carlos Luiz Gonçalves