quinta-feira, 3 de abril de 2014

Mudanças muito desafiadoras...

A revista Veja de 07 de março passado trouxe notícias sobre mudanças desafiadoras para as salas de aula. O artigo é de Bianca Bibano. Alguns trechos para pensar:

"Em quatro anos, as salas de aula das universidades estarão mais distantes do modelo `professor falando, alunos tomando nota` e mais próximas do universo tecnológico. É o que aposta um estudo divulgado pelo New Media Consortium, grupo americano que pesquisa tecnologias e tendências educacionais, feito com 53 pesquisadores de treze países, incluindo o Brasil.

Tecnologias que estarão nas salas de aula até 2018
Sala de aula invertida
O conceito de sala de aula invertida apareceu em 2007, com os Massive Open Online Courses (MOOC’s), e se popularizou com a Khan Academy, site que divulga gratuitamente vídeoaulas. Entretanto, enquanto a maioria dos cursos atuais usa vídeoaulas para complementar a educação formal, o conceito de sala de aula invertida parte deles (e de todo o conteúdo disponível na internet) para dar ao aluno ferramentas para buscar informações usando o tempo em sala para enriquecer os conteúdos estudados e encontrar aplicações práticas para ele. A ideia é que os professores ajudem os estudantes a desenvolver soluções criativas e colaborativas.

Análise de aprendizagem
A análise de aprendizagem apoia-se no conceito de big data (processamento e análise de imensas quantidades de dados, provenientes de sistemas digitais) para entender os hábitos do estudante na internet e adaptar o ensino às necessidades dele. A ideia já é muito difundida na publicidade, com os anúncios personalizados que aparecem nos sites. De acordo com o estudo, o uso dessas informações deve chegar às universidades em um ano e pode ir muito além de saber quanto tempo os estudantes ficam na rede, fornecendo ferramentas para entender sua capacidade de síntese, pensamento crítico e retenção dos conceitos estudados.

Impressoras 3D
Apesar de ainda não estarem disseminadas entre o público geral, as impressoras 3D já estão sendo usadas por pesquisadores para as mais variadas funções. O estudo da NMC avalia que nos próximos três anos a tecnologia terá avançado para além do campo das pesquisas e será usada pelos universitários para explorar objetos que não estão disponíveis em sala de aula. Um aluno de antropologia, por exemplo, pode imprimir uma réplica de um artefato do antigo Egito, enquanto um estudante de geologia poderá analisar um fóssil pré-histórico tridimensional sem o risco de danificar um objeto raro.

Monitoramento de dados
Aplicativos de quantificação de dados e gadgets como pulseiras, óculos e relógios conectados ao corpo e à internet devem chegar ao ambiente universitário nos próximos cinco anos. Usados atualmente para coletar dados do usuário relacionados aos hábitos alimentares e físicos, a tendência já tem chamado a atenção de educadores, que veem nos dispositivos um meio de monitorar o andamento dos estudantes e criar um ambiente de troca entre os alunos. Segundo a pesquisa, apesar do grande potencial, o monitoramento dos alunos é vulnerável por causa da grande exposição de informações pessoais– problema que terá que ser solucionado antes do uso efetivo dessa tecnologia nas salas de aula.

Assistentes virtuais
Os assistentes virtuais presentes em tablets, TVs e smartphones, com versões que `ouvem` e `conversam` com o usuário, devem chegar às universidades no prazo de cinco anos, principalmente nos cursos a distância. Segundo o estudo, a tecnologia ainda não é disseminada no ensino superior, mas a habilidade dos softwares de memorizar as preferências do usuário pode facilitar o dia a dia dos alunos e ajudar com tarefas mais mecânicas, além de facilitar o acompanhamento de uma aula virtual."

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